sexta-feira, 10 de abril de 2009

Faz-me tua

Fecho os olhos e é como se ganhasse asas. Os pensamentos levam-me exactamente onde quero ir.
Sinto a areia, oiço o mar, solto gargalhadas e faço corridas em direcção ao infinito finito.
Sinto o Sol queimar-me a pele, tatuando o biquini nos contornos do meu corpo.
Os pensamentos levam-me onde quero ir e ser o que não quero, mas posso ser.
E ali, onde estou, não sou de ninguém. Sou minha, sou eu.
Dou grandes passeios e grandes mergulhos. Faço castelos na areia, sem príncipes nem princesas. Salto e danço. Caío e levanto-me porque a areia é movediça. Sorriu e riu, mas não me dou, porque sou minha, sou eu.
Ao abrir os olhos, perco as asas e sopro as penas. Vou deitar-me, mas não fecho os tapasóis, vejo e sonho estrelas e luas. E os sonhos levam-me exactamente onde quero ir e ser o que não quero, mas posso ser.
A saltar de nuvem em nuvem o Sol e a Lua em sopro de segredo confessam-me serem amantes eternos, como seria de desconfiar pelo lume que queima em cada um dos seus encontros, em cada eclipse.
A saltar de nuvem em nuvem o Sol e a Lua confessam-me serem amantes eternos e faço disso uma canção.
Vem conhecer a praia dos meus pensamentos, soltar gargalhadas, fazer corridas, sentir o Sol, dar grandes passeios e mergulhos, fazer castelos e ser deles príncipe e fazer de mim a princesa que sou, dançar e saltar, sorrir e rir.
Vem conhecer a praia dos meus pensamentos e faz-me tua.
Adormece-me e conhece os meus sonhos. Vem saltar de nuvem em nuvem e fazer do amor eterno do Sol e da Lua o nosso amor, e fazer dele a canção da nossa dança.

Jardim de sonhos

Dentro de mim tudo foi alvoroço, dentro de mim tudo sentiu a (tua) chegada.
Dancei na palma da tua mão. Dancei para ti, mas nunca conheceste a minha dança.
Fechaste os olhos de cansaço, enquanto eu dancei na palma da tua mão, para ti.
Hoje, hoje, danço no jardim dos meus sonhos, ansiando pela palma dessa mão que se fechou.
Danço por entre rosas, de todas as cores, mas só faço piruetas ao passar pelas rosas vermelhas, por serem as rosas plantadas dos ramos que me ofereceste.
O Sol bate na minha pele branca, recria a minha dança no chão do jardim dos meus sonhos. Eu danço, a sombra dança só tu não danças nem vês dançar.
Hoje, hoje danço no jardim dos meus sonhos.