domingo, 25 de setembro de 2011

Esta Noite

Sento-me junto à janela, paciente, espero pela chegada da noite. A Lua é melhor conselheira do que o Sol, aconchega o soluço. As luzes estão apagadas e a brisa arrepia a pele. Aperto a chávena de chá entre as mãos, para não cair no vazio. Conto bocados de existência em espirais de recordações e constelações.
Fecho os olhos. Durante um espaço de tempo questiono a existência e a realidade.Não sei se vivi, se sonhei. Sei que senti, uma vez mais, um tempo que é sobretudo espaço, um espaço em que sigo e, por vezes, paro, espero e volto a seguir. A minha voz rompe o silêncio e conta histórias de amor, reais e fantasiadas enquanto a noite passa.


A distância não é ausência, é fria. A distância não é ausência, é estar sem.