segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Diário

Faz tempo, tanto tempo que eu espero o tempo. O nosso tempo.

O coração dispara perante o descompasso dos batimentos do ser a cada dia, a vida de um tempo que corre sem passar.
Vagueio entre as sombras de existências que criei e recriei sem nunca viver. O amanhã é hoje, mas eu espero o hoje no amanhã.
Dás-me a tua mão e eu respiro aliviada, porque já não sei caminhar sem saber a companhia do teu amor, sem saber-te meu e saber-me tua.

Levaste-me a passear, pintaste o céu e acalmaste o Mar. Aquele Mar, onde sempre banhamos o nosso amor e sem medo entregamos os nossos sonhos para que se concretizem no sal das correntes e tenham sempre um porto que os acolha. Nós esperamos.

Faz tempo, tanto tempo que o tempo é o tempo que há-de vir.