domingo, 4 de março de 2012

Espero

No âmago da tarde silencio inquietações, vejo o Sol pôr-se. Espero o fim do dia e da semana, espero até amanhã. Enquanto espero, lavo angústias e dores. Estendo-as ao Sol. Espero que sequem, e que a Noite as guarde.
Confesso que a cada novo dia faço do Sol promessa e da Noite realidade. O dia é todo meu, a noite é tudo menos minha. No meio de mim e do nada nasce o medo de que os dias cessem e as noites reinem, imperando um tempo em que não mais serei. Aí a dor ficará, a Noite já não a guardará por mim.
Hoje espero o amanhã, hoje espero a chegada do Sol, hoje espero a chegada de novas promessas.