sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Carta de amor

Quando o Sol raiou esta manhã, nasceu em mim esta vontade de te oferecer um presente. Um presente feito de palavras, embrulhadas em emoção e sentimento.
Vou pedir-te segredo. Guarda segredo. Vou escrever-te amor. Lê baixinho, lê junto ao mar.
Perdi a minha sombra, conquistei a tua. Adoro vê-la sobre o passeio dos meus passos. Identifico o limite da tua pele nos seus contornos, e encontro-me entre o limiar dos teus braços. É esta sombra que ganha vida e no sopro do vento traz-me o teu toque, dá-me a mão e conduz-me entre os caminhos do meu destino.
Com o chegar do final do dia torna-se cada vez mais difícil encontrar esta sombra que por ser tua é minha, nessa altura, tudo escurece. Chega a noite pura. Escura. Brilhante. Tudo em mim é falta, é saudade, é ansiedade, mas nunca ausência.
Podes estar longe, muito longe, muito, muito, muito longe, mas nunca estarás ausente. Porque a minha existência é igual à tua presença.
Há em ti o significado da eternidade, sabias? Nada será breve nem finito. Tudo será para sempre.
Será sempre a tua sombra que me acompanhará e guiará. A minha? É tua. Sempre será. A minha sombra, assim como, todo o meu ser o é. Este ser que te procurou incessantemente, que te encontrou e que não mais partiu de ti.
Guarda segredo de toda a minha entrega. Sim, guardas? Guarda-me a mim também, porque a minha existência é a tua presença e assim nunca nos perdemos nesta eternidade que és tu e o meu amor e o nosso amor.

Até sempre.Até à eternidade.Até ti.

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