sábado, 30 de março de 2013

Tempestade do Encontro

O tempo passa, mas eu não acredito no que me conta.
Aqui, nesta margem do rio, tento vislumbrar a corrente que leva o que passa. Vai.
O tempo corre, mas eu não o vivo.
Aqui, nesta margem do rio, vejo-o.

Hoje, o tempo é pesado. Dói.
Amanhã quero ver, viver, sentir.
Ontem fui eu sem saber o que sou.

Aqui, nesta magem do rio, antecipo a tempestade.
Adivinho o negrume do céu que vai chegar.

Quando a chuva cair, que caía.
Quando chegar, que chegue.

Se o meu tempo é este, que seja.
Se eu tiver de me perder para me encontrar, que me perca.




1 comentário:

C disse...

Por vezes, a perda é maior que a vida. Por vezes, o que passa é maior do que o que fica. Entre os destroços do tempo, a vontade de (continuar a) viver acrescenta-se em partículas cujo sentido nem sempre existe.
beijnho de tempo *